Contos aleatórios de um cotidiano sem amor by Randhal Wendel Fernando de Souza Santos

Um relato singelo sobre adoção e relacionamentos, e sobre o poder do amor de transformar histórias

Contos aleatórios de um cotidiano sem amor

Este livro é um relato singelo sobre o amor (ou a sua falta). Sobre como o amor (ou a sua falta) transforma uma vida. É sobre histórias aleatórias que se cruzam no meio do caminho. Sobre almas que se adotam e acabam modificando umas às outras por amor.
 
 "A fachada amarela meio desbotada do velho edifício combinava bem com o girassol solitário na janela de algum apartamento. A janela deles também teria um girassol amarelo girando sempre em busca do sol. Assim como eles, que, a partir de agora, estariam sempre olhando na direção de um sol luminoso e radiante que lhes traria a esperança de um futuro alegre e feliz. No dia seguinte, eles descobririam onde ficava o Conselho Tutelar ou o Juizado de Menores daquela cidadezinha meio escondida no fim do mundo. Pela primeira vez, a vida fazia sentido para ela, e ela finalmente soube o que lhe faltava. Faltava-lhe amor."

Genre: FICTION / Romance / Short Stories

Secondary Genre: FICTION / Literary

Language: Portuguese

Keywords: romance, histórias de adoção, pais e filhos, ficção, infantojuvenil, contos, literatura brasileira, relacionamentos

Word Count: 8000

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Livro recém-publicado na Amazon, mais de cem downloads na primeira semana.


Sample text:

Ela não era bonita nem feia. Nem muito alta nem muito baixa. Nem gorda nem magra. Era um tipo comum. Faltava-lhe algo que a destacasse de tantas outras à sua volta, mas ela não sabia o que era.

Ela sempre tinha um livro na mão, às vezes usava um fone de ouvido, quase nunca era vista na companhia de alguém. Mas ela não era solitária, não. Nunca. Os personagens de Emily Brontë e Jane Austen faziam-lhe companhia. De vez em quando era o belo Romeu ou o destemido Hamlet, às vezes, um belo Mouro. Até mesmo o pitoresco Fidalgo de La Mancha a fazia dar gargalhadas.

Ainda assim, faltava algo para dar um toque especial à sua vida, para sair dessa zona do nem, do comum. Seria melhor se ela fosse feia, ou gorda, ou alta demais. Estava cansada de não ser nada.

Então, ela resolveu que era hora de fazer algo com sua vida. Seu chefe, aquele imbecil, não reconhecia seu trabalho. É bem verdade que seu serviço não era algo de notável, nem bom nem ruim, nem emocionante nem enfadonho. Ainda assim, ela gostaria de ser notada, elogiada, talvez até ganhar um aumento.

Ela chegou em casa na hora de costume, abriu as janelas para deixar entrar o ar, fechou as cortinas para barrar a luz dos últimos raios do sol e os olhares curiosos dos moradores do prédio em frente, jogou as poucas peças de roupa que tinha na velha mala preta que certamente se confundiria com tantas outras no terminal e parou para olhar uma última vez para seus antepassados, que a olhavam com desinteresse do alto de suas paredes de marfim.

Decidida, ela trancou a porta com movimentos firmes e desceu as escadas com passos resolutos. Caminhou até a esquina e parou no ponto para esperar o ônibus ou o bonde, o que passasse primeiro, para que não tivesse tempo de mudar de ideia.


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English
Already translated. Translated by Malika Silva
Author review:
Tradutora profissional, dedicada e comunicativa, fez um bom trabalho, recomendo!
Italian
Already translated. Translated by Alessandro Balsano
Spanish
Already translated. Translated by Leandro Héctor Gavira
Author review:
Fantástico o trabalho de Leandro, muito rápido, mas sem descuidar da qualidade da tradução, e também manteve uma boa comunicação, realmente foi um prazer trabalhar com ele, recomiendo!!!

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