Spiritus by Alexandre Apolca

mistério, terror

Spiritus

Em uma madrugada fria e sombria no Vale do Anhangabaú, lugar considerado amaldiçoado antes mesmo da chegada dos portugueses, sete amigos se reuniram para fazer a brincadeira do compasso. O que eles não esperavam é que algo terrível aconteceria. E quando aconteceu, simplesmente fugiram.

O que Dinho, Paty, Bruna, Dany, JM, Alfred e Milena não sabiam, é que quando não se pede para sair de um jogo, ele simplesmente não termina. Mesmo depois de uma década carregada de infortúnios e desilusões.

E esse jogo vai além de perguntas e respostas: cada um acaba travando uma batalha pessoal contra sua sanidade e seus demônios.

E como em qualquer jogo, só um sairá vencedor...

Inspiradas nas mais aterrorizantes lendas urbanas de São Paulo – um roteiro mal-assombrado que vai do Theatro Municipal, Edifício Martinelli, praça da Sé, Bairro da Liberdade, Cemitério da Consolação, Edifício Joelma, até o viaduto do Chá –, estas histórias estão interligadas, transformando-se em um típico romance fix-up.

Genre: FICTION / Horror

Secondary Genre: FICTION / Suspense

Language: Portuguese

Keywords: suspense, terror, brasil, mistério

Word Count: 23049

Sample text:

Uma leve e rasteira neblina vinha do Centro Velho; não ventava, mas uma massa de ar frio emergia com voracidade do fundo da terra. O mar de estrelas, que pairava sobre os mortais, estava nítido, talvez estivesse assim quando os portugueses estiveram ali pela primeira vez. Os ponteiros do relógio do Palácio dos Correios apontavam três horas da manhã. Os históricos edifícios da região emitiam um silêncio soturno que se encaminhava, ecoando, para a região compreendida entre os viadutos Do Chá e Santa Ifigênia, no calçadão público intitulado Vale do Anhangabaú.

Ali, no espaço rebaixado, na interrupção da avenida São João, em uma larga encruzilhada, sete adolescentes estavam sentados sobre as beiradas de um pentagrama desenhado com giz no chão. Entre eles, havia três grupos de seis velas vermelhas cada, lembrando o número da Besta. Alfred, o mentor da brincadeira, as acendia, uma por uma.

No lugar que hoje se encontram os quarenta e três mil metros quadrados do Vale do Anhangabaú –­ palavra de origem tupi que significa algo próximo de “água do mau espírito” –, fluía livremente um rio considerado amaldiçoado pelos indígenas. Ali, peixes morriam aos montes, afogamentos eram frequentes, e muitos ficavam doentes ao tocar em suas águas, tanto que os índios dariam até a própria alma para não passarem por perto. Na crença deles, ali vivia Anhangá, um demônio protetor das florestas.

 

 


Book translation status:

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Spanish
Already translated. Translated by Diego Iglesias

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