O Gato preto caiu do prédio... by Paulo Abe

A busca filosófica da pergunta: se ao pensar sei que existo, como provar que o outro existe?

O gato preto caiu do prédio...

Desmond é um homem perdido. Há anos passa todos os dias pelo mesmo bar. O que busca é Anna. Mas não sua pessoa, e sim sua memória. Sua história fantástica era secreta para todas as pessoas até o fatídico dia em que encontra uma garota no mesmo bar, também chamada Anna. A coincidência lhe potencializa a memória, o que o leva então a contar pela primeira vez a história de Desmond e Anna. Uma história de dois universos.  
 
Ao narrar essa história, Paulo Abe faz um acerto de contas com uma questão que lhe surgiu durante a infância: "Eu, ao pensar, sei que existo, mas como posso provar que os outros então existem?" Passados quase vinte anos, o problema estava adormecido, até o dia em que o autor tomou sua primeira dose do chá de ayahuasca. A resposta veio como um relâmpago de compreensão. E é agora apresentada ao leitor nessa fascinante ficção.

Genre: FICTION / Romance / General

Secondary Genre: FICTION / Science Fiction / General

Language: Portuguese

Keywords:

Word Count: 6500

Sample text:

Epílogo.

Hoje. 

- Mais um scotch aqui, por favor, Billy.

O barman olha pra mim de esguelha, mas põe dois gelos em um copo raso e largo.

- Olha lá, Desmond.  

Ele começa a secar o balcão velho de madeira.

- Vai ficar de porre e nem vai se lembrar de me pagar a aposta pros ianques.

- Não, Billy. Esquecer é uma coisa que... Ei!

Chega uma menina de uns vinte e cinco anos e senta-se com força ao lado do banco do bar, onde eu estou.

- Hi-fi, por favor.

Ela está com um capuz sobre a cabeça, mas fios dourados são possíveis ver de onde estou, além de um piercing no nariz.

- É pra já... - Billy sai meio desconsertado.

A menina se vira e não para de olhar para mim. Eu estou com meu paletó velho cinza e meu chapéu também velho e também cinza, a olhar para frente, para o nada. No entanto, no canto do olho, eu sei. Ela está a olhar para mim.

- Ei, senhor. Me diz uma coisa...

Ela já havia girado seu banco e estava com suas duas mãos apoiadas entre suas pernas, inclinando seu corpo à frente.

- O que seria, moça? - Digo, ainda olhando para frente.

- Por que você vem aqui?

O que aconteceu com o “senhor”?

- Ora, eu nasci, ganhei vida e...

- Nã-nã-nã-não. Não essa besteira toda aí de velho. Quero saber por que você vem a este bar.


Book translation status:

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English
Already translated. Translated by Beatriz Colin
French
Translation in progress. Translated by Angelina Julie do Nascimento
Italian
Translation in progress. Translated by Di Rubbo
Spanish
Already translated. Translated by Jorgelina Chapartegui

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