Anamélia tinha apenas um sonho: fugir. E numa noite fria, cansada da vida que tinha, ela se aventurou por ruas desertas até ter um encontro inusitado.
Guiada por uma pedra falante, através de sete tarefas impostas em troca do que deseja, a garota de olhos heterocromáticos conhecerá as criaturas mais fantásticas e perigosas perigosas, visitará lugares inóspitos e desvendará respostas inquietantes para perguntas cruciais.
A cada tarefa, mais Anamélia se afastará do mundo em que vive e caminhará para um que pode não ser aquele que deseja ir.
Inspirada nos contos de fadas e nos trabalhos de Guillermo del Toro e Tim Burton, "Anamélia" é uma história sombria sobre uma jornada no limiar da fantasia e do horror.
As vendas estão satisfatórias; quem comprou e leu recomenda tentar traduzir, pois é uma história que agradaria o público estrangeiro, visto o clima sombrio, próximo do gótico, que a trama possui.
Andando com cautela, a garota fitava cada canto e recanto com temor, afinal desconhecia a aparência das criaturas que dedicavam suas existências a profanarem o descanso dos que foram santos quando vivos. E também receava que fosse devorada. Apesar disso, até que foi corajosa entre tanto sangue e corpos decompostos expostos; nunca demonstrou medo de morrer, tendo apenas uma preocupação quanto ao fato de não sentir dor.
Ela havia terminado de passar por um belo e suntuoso mausoléu, depois de uma rápida contemplação da arquitetura gótica, quando se deparou com duas figuras grotescas debruçadas sobre um cadáver. Eram seres esguios, com uma pele entre o verde e o azul, dotada de uma aparência putrefata, com poucos pelos grossos e negros; magérrimos, usavam vestes rasgadas e apodrecidas, tão gastas que era impossível determinar qual era o macho e qual era a fêmea dos dois. O mais cabeludo arrastou um defunto menor, que estava mais afastado; deveria ser uma criança com não mais do que cinco ou seis anos; pô-lo perto de seu enorme pé de dedos longos, o qual a seguir pisou no crânio e o esmagou como se faz com uma noz.
Anamélia não conseguiu desviar o olhar bicolor, testemunhando, ainda que com imenso horror, o casal de ghouls saborear o cérebro do falecido infante. Sob um luar fantasmagórico, os monstros eram como as feras do deserto africano, com suas risadas terríveis, enquanto rasgavam o ventre de sua presa moribunda. Nem humanos, nem animais, eram elos entre qualquer tentativa de racionalidade e a selvageria primitiva.
Language | Status |
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English
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Already translated.
Translated by Mike Brandish
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Author review: Tradução muito bem feita, prestativo quando tive dúvidas, além de sempre me deixar a par do processo de tradução. |
Spanish
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Already translated.
Translated by María Perazzo
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Author review: Tradução muito boa, feita com extremo cuidado e dedicação. Recomendadíssimo o serviço. |