"A Sala da Morte" (“The Death Room”) is the third book of a set that deals with radically sexist and patriarchal, grossly awkward and immoral, whose existence the generality of people prefers to choose to ignore. It is an extremely violent and sexually explicit book, intended exclusively for an adult audience. In a quiet house, on a quiet street in a small, quiet town, after the sudden disappearance of a neighbor they liked to watch, two teenagers are beginning to suspect that the neighbor next door can be a serial killer. The discreet office worker that had built in his basement a dungeon and a death room, fond of the woman and adolescent he has abducted, begins to develop a strange and familiar relationship with them, putting at risk his double and secret life that guaranteed his impunity.
«A Sala da Morte» é o terceiro livro de um conjunto que versa sobre mundividências que existem, radicalmente sexistas e patriarcais, vincadamente incómodas e imorais, cuja existência a generalidade das pessoas prefere escolher ignorar. É um livro extremamente violento e sexualmente explícito, destinado exclusivamente a um público adulto. Numa pacata casa, numa pacata rua de uma pequena e pacata cidade, após o desaparecimento súbito de uma vizinha que gostavam de observar, dois adolescentes começam a desconfiar que o vizinho da casa ao lado possa ser um serial killer. O discreto empregado de escritório que na sua cave tinha construída uma masmorra e uma sala de morte, afeiçoado à mulher e ao adolescente que tem sequestrados, começa a desenvolver uma relação estranha e familiar com eles, pondo em risco a sua vida dupla e secreta que lhe garantia a impunidade.
Genre: FICTION / Erotica / Science Fiction, Fantasy & HorrorLivro disponibilizado na Amazon a 16 de Abril de 2019.
21 unidades encomendadas entre os dias 16 e 26 de Abril.
És real. Tão real. És tão real que a tua tão intensa realidade assusta. Naquele dia ela caminhava cabisbaixa a caminho de casa. Como quase todos os dias, nos últimos tempos. A vida não lhe corria de feição e estava naquele ponto em que o que mais lhe apetecia era desaparecer. No entanto, mais por obrigação do que por vontade, tentava manter-se à tona enquanto a depressão ia, dia após dia, vencendo uma longa batalha contra o seu lado racional.
Ele não tinha esse tipo de problemas. De manhã levantava-se, vestia uma máscara e ia para o trabalho. Cinzento como a cegueira no nevoeiro. Ninguém dava por ele, certinho que era. Entrava a horas, saía a horas, não levantava cabelo, não chamava a atenção de ninguém, fazia o que lhe mandavam, não dava confiança e recebia no final do mês. Depois saía às cinco horas e regressava a casa. Tirava a máscara que o asfixiava, tomava um café e fumava um cigarro. Levantava-se e ia até à janela do quarto, onde os estores estavam sempre semicerrados e espreitava, pelos buracos e sempre sem ser visto, para a casa em frente. Se já se visse algo que lhe interessava, pegava nos binóculos e espreitava melhor, durante mais tempo. E enquanto espreitava gozava não só psicológica, mas também fisicamente.
Depois, mais relaxado, descia as escadas para a cave. A cave não tinha janelas, nem era bem iluminada. Era apenas uma cave normal, de um homem normal, que se levantava de manhã para ir trabalhar e regressava ao final da tarde, sem ter causado ondas nem levantado cabelo. Sem que ninguém tivesse sequer reparado que ele existia. Numa parede da cave havia uma estante embutida na parede.
Language | Status |
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English
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Already translated.
Translated by Lucas Lima
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Spanish
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Already translated.
Translated by Federico Mendez
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