Teia de Vidro by Aurélio Nery

O desenrolar de um romance abusivo em um mundo distópico.

Teia de vidro

A Terra não é mais o nosso lar.
Após um vírus de computador maligno dominar o planeta azul, os seres humanos encontraram abrigo em uma colônia espacial conhecida como Arranha-Céu. Hunter, um cadete de 17 anos do Núcleo — o coração da colônia —, faz parte da nova geração de sobreviventes da Dominação. Sua vida segue pacata até a chegada de Ícaro, um rapaz arrogante e abusivo que tem mais defeitos escondidos do que qualidades à mostra, além de uma ligação inexplicável com o vírus que reina na Terra. Aos poucos, a convivência com o recém-chegado transforma Hunter em alguém menos estável do que de costume, interferindo em sua relação com seus amigos e familiares. Um romance entre ambos é inevitável, mas até que ponto duas pessoas podem ficar juntas quando uma delas guarda tantos segredos e a outra corre o risco de ser condenada? 

Genre: YOUNG ADULT FICTION / Dystopian

Secondary Genre: YOUNG ADULT FICTION / LGBT

Language: Portuguese

Keywords: lgbt, scifi, romance

Word Count: 58.206

Sales info:

Vendas constantes e bons índices de leitura pelo Kindle Unlimited. Frequentemente figura em boas colocações nas categorias em que está registrado, na Amazon.com.br


Sample text:

Capítulo 1: Contato

Entrei no corredor sombrio e lustroso, cuja pouca iluminação vinha de pequenas lâmpadas redondas espalhadas pelo teto. Sua fluorescência transmitia uma sensação de frio com a qual eu já me acostumara. Meus passos ecoavam quando as solas das minhas botas batiam contra o chão metálico e gradeado, provocando-me um certo desconforto, já que eu não queria chamar a atenção para o fato de estar ali àquela hora da noite. Minha respiração alta soava irregular, nervosa.

Por uma porta lateral no fim do corredor, surgiu uma figura que me provocou um sobressalto: um homem alto e grisalho, vestido de preto, a jaqueta afivelada até o pescoço. A roupa desenhava muito bem o seu corpo robusto, passando a impressão de que ele fora um jovem bastante saudável no passado. Trazia uma expressão carregada, e pude sentir o sermão antes mesmo de ouvi-lo.

— Você não deveria estar andando por aqui a esta hora — disse o inspetor Paschoal. — Já é 23h30. O que pensava em fazer?

Engoli em seco, desviando o meu olhar do dele. Deveria era ter bolado uma história antes de ir até lá, mas estava tão confiante em não ser pego que nem me incomodara.

O jeito era dizer a verdade.

— Estava tentando entrar na Sala dos Problemas — respondi, ainda sem encará-lo.

— Olhe para mim.

 

 


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