O primeiro volume de uma trilogia de amor, violência e terror psicológico. Uma paixão ao mesmo tempo arrebatadora e doentia, a história de Emma e Luc descreve o que há de melhor e pior no ser humano.
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“A velha senhora levantou o rosto e olhou profundamente para meus olhos. Ambas levamos um susto. Eu, porque percebi que ela não tinha um dos olhos, e ela, quando percebeu que meus olhos tinham cores diferentes.”
Um presságio, muitos sinais. O Homem que Mandava Flores conta a história de Emma e Luc, duas pessoas marcadas pelo destino. Emma, durante uma viagem à Capadócia, descobre, através da borra do café, que encontraria em seu caminho um homem que lhe mandaria flores.
Emma não sabia que um ato tão romântico como receber flores pode esconder um segredo sórdido e perigoso.
Assim começa a saga de sua vida, num romance que se inicia em Madrid, passa pela Capadócia, Londres, Rio de Janeiro, Indonésia e Tailândia, para contar uma história de misticismo, coincidências, sexo, violência moral e crime. Um texto envolvente que trata da manipulação originada do relacionamento com um sociopata, onde empatia é algo que não existe, onde a busca pelo poder e desejo não tem limite. Será que você nunca participou desse jogo?
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O Homem Que Mandava Flores traz à tona questões profundas acerca da psique humana e das relações interpessoais. A obra conta a saga de uma mulher que espelha a condição feminina em todos os cantos do planeta. Uma história originada no íntimo de uma multidão.
Muito se fala de assédio e abuso sexual. O Homem Que Mandava Flores vai além, colocando em pauta a vulnerabilidade da mulher diante da manipulação masculina e da toxicidade de relacionamentos que podem se perpetuar indefinidamente. Ao enveredar pela psicopatia e pela criminalidade silenciosa, Fabiane Valdozende Alheira faz um retrato do lado mais obscuro das pessoas supostamente comuns. A autora usa o misticismo como fio condutor de uma trama que ganha corpo e maturidade à medida que se desenvolve, com pinceladas envolventes de suspense e perversão. Uma escritora estreante que nos brinda com sua determinação, autenticidade, vivência e capacidade de fazer do sofrimento uma nova porta para a vida.
Madrid, 5 de janeiro de 2018 – Véspera Dia de Reis
Era véspera do Dia de Reis e caminhávamos pelas ruas de Madrid.
Dia de Reis é uma data católica muito difundida na Espanha;
mais importante até que o Natal. Reza a lenda que foi na noite do dia 5
para o dia 6 de janeiro que os Três Reis Magos finalmente encontraram
o Menino Jesus e puderam entregar os presentes que traziam consigo.
Atribuiu-se, portanto, a essa data o nome “Dia de Reis”, quando ocorre
a tradicional troca de presentes. Segundo a tradição, as crianças enviam
suas cartinhas aos Três Reis Magos − Belchior, Baltazar e Gaspar – e, na
noite do dia 5, aguardam ansiosamente a visita. Dependendo do
comportamento ao longo do ano, são agraciadas com presentes ou
pedaços de carvão.
Todas as pessoas, e nós também, pareciam ter saído de suas
casas para ver a Cabalgata de Reyes: um desfile de carros alegóricos que
começa por volta das 18h30 na Plaza de San Juan de la Cruz en Nuevos
Ministérios, passa pela Plaza del Doctor Marañón, segue pela Glorieta
de Emilio Castelar, Plaza de Colón e Paseo de Recoletos até chegar a
Plaza de Cibeles, por volta das 20h45.
Percorremos os cerca de 6 km de caminhada de onde estávamos
atrás do tão esperado espetáculo de cores e caramelos jogados para as
crianças, mas, a cada ponto do roteiro que alcançávamos, percebíamos
que já haviam passado. Assim fomos, de um lado para outro, sempre
atrasados.