E talvez o meu maior preconceito seja te amar incondicionalmente, e, na mesma proporção, lutar contra esse amor!
Após se formar no Ensino Médio, Ísis Fernandes, mesmo tendo sido aprovada em uma Universidade Federal, convenceu a si mesma e a seus pais de que precisava de um tempo para decidir qual profissão queria seguir. Porém, agora, depois de dois anos curtindo sua então chamada “férias”, e tendo colocado um fim em um relacionamento de anos com o namorado de adolescência, achou nesse momento tenso a oportunidade perfeita para retomar os estudos.
Ísis esperava tudo dessa nova fase em sua vida, só não esperava que o verdadeiro amor batesse à sua porta. No entanto, estará ela disposta a viver esse amor que a fará encarar o preconceito de frente, indo além de um amor impossível? Esse sentimento será mesmo capaz de vencer todas as vozes que o consideram loucura? E bem mais que isso, seu amor é mais forte que o seu próprio preconceito?
Felipe sempre seguiu as regras e a principal era nunca deixar alguém se aproximar muito. Ele já conhecia bem a dor que isso traria e não estava disposto a senti-la. Porém, quando o amor faz as suas escolhas, há como fugir?
Uma coisa é certa, o amor tem o poder de nos iludir, mas não nos deixa imune aos males da vida...
Nunca é tarde para abrirmos mão dos nossos preconceitos.
(Henry David Thoreau)
Genre: FICTION / Romance / Contemporary
Felipe
Eu nunca me preocupei com essa teoria de que os opostos se atraem, até porque não era um cara que dava liberdade para isso. Na verdade, acredito que quando se trata de relacionamentos, quanto mais “iguais”, maior será a chance de dar certo.
Eu seguia regras, mas a ironia de tudo isso é que não existe essa coisa de seguir regras quando se trata da vida. Ela costuma desfazer todos os seus planos. E pensando sobre isso, é aceitável sentir o medo crescer silenciosamente em seu consciente. A vida nos põe sempre à prova, e, segundo a ciência, apenas os mais fortes sobrevivem.
As pessoas costumam dizer que preconceito e discriminação é a mesma coisa, mas não é. O preconceito se dá pela falta de informação, mas através dela, há como eliminá-lo. Já a discriminação é uma escolha que a pessoa faz estando consciente e obtendo informações.
Eu nunca entendi muito como uma pessoa se acha no direito de discriminar outra, ou quais os requisitos que ela julga ter para tal ato. Mas eu sou alguém que viveu o outro lado disso, que sentiu a discriminação na pele, então, obviamente, compreender uma escolha tão monstruosa, está além de mim.
Tudo bem que, muitas vezes, eu me questionei “Por que eu?”.
Geralmente, esses pensamentos vinham depois de alguma rejeição ou discriminação. Percebi que o meu medo produzia isso, porque hoje, essa pergunta está bem mais crescente. Uma pessoa importante invadiu a minha vida, e ela não sabe da verdade. Eu sou HIV positivo.
Language | Status |
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English
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Translation in progress.
Translated by Carina Pereira
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