Em um mundo onde a intolerância silencia vozes e o preconceito aprisiona almas, Henrique embarca em uma jornada de autodescoberta e libertação. "Descubra-se!" é um mergulho profundo na mente de um homem que, diante da rejeição e do ódio, encontra a força para amar a si e construir um futuro onde o amor prevalece sobre o preconceito. Uma história de resiliência, amor e a busca incessante pela própria identidade.
"Descubra-se!" tem o potencial de atrair um público amplo e diversificado, por diversas razões:
Temática Relevante e Atual:
O livro aborda temas como intolerância, preconceito, identidade e aceitação, que são extremamente relevantes e atuais na sociedade contemporânea.
A história de Henrique ressoa com a experiência de muitas pessoas que lutam contra a discriminação e buscam sua própria identidade.
Narrativa Emocional e Impactante:
A jornada de Henrique é contada com emoção e intensidade, capturando a dor, a esperança e a resiliência do personagem.
A narrativa envolvente e os personagens cativantes criam uma conexão profunda com o leitor.
Mensagem de Esperança e Superação:
Apesar da temática desafiadora, o livro transmite uma mensagem de esperança e superação, mostrando que é possível encontrar a felicidade e a redenção mesmo diante da adversidade.
A história de Henrique inspira o leitor a acreditar na força do amor e na capacidade de transformação.
Representatividade LGBTQIA+:
O livro oferece representatividade para a comunidade LGBTQIA+, retratando a jornada de um homem gay de forma autêntica e sensível.
A história de Henrique pode servir como um espelho para muitos leitores que buscam se ver representados na literatura.
Discussão Sobre Saúde Mental:
O livro aborda a questão da saúde mental de forma realista e honesta, mostrando os desafios que Henrique enfrenta ao lidar com o trauma e a ansiedade.
A narrativa pode ajudar a desmistificar o estigma em torno da saúde mental e incentivar o diálogo aberto sobre o tema.
Celebração do Amor e da Amizade:
O livro celebra o poder do amor e da amizade como forças de cura e transformação.
A relação de Henrique com Alex e seus amigos demonstra a importância do apoio emocional e da conexão humana.
Em resumo, "Descubra-se!" é uma história que emociona, inspira e convida à reflexão. O livro tem o potencial de tocar o coração de leitores de diferentes origens e experiências, promovendo a empatia, a compreensão e a aceitação.
Genre: FICTION / Romance / LGBT / GayLivro em lançamento, faz parte da seção KDP Select da Amazon.
Capítulo 1: As Vozes da Infância
O baque seco do corpo mirrado contra a grama mal aparada fez o ar escapar dos pulmões de Henrique em um soluço cortado, como se a própria alma tivesse sido arrancada. A bola de couro descalibrada rolou preguiçosamente alguns metros adiante, alheia à pequena tragédia que acabara de acontecer.
Seis anos, joelhos ralados ardendo como brasa, a dor física pulsando em sincronia com a humilhação que latejava em seu peito. As lágrimas vieram quentes e abundantes, um rio salgado que embaçava o verde vibrante do quintal no final daquela tarde preguiçosa. Cada soluço era um grito silencioso de frustração, um pedido de consolo que se perdia no ar.
Da varanda, a voz grave e impaciente cortou o ar como um chicote, açoitando a fragilidade de Henrique. “Para de chorar, Henrique! Que feiura! Homem não chora por um arranhãozinho desses. Parece uma bixinha.” Seu Raul Mendonça, a rigidez militar incrustada em cada fibra do ser, desceu os degraus com a mesma marcha firme que usava para tudo.
O olhar severo pousou sobre o filho caído, não com preocupação, mas com uma impaciência quase irritada. Henrique sentiu-se como um inseto sob uma lupa, cada detalhe de sua dor amplificado pelo julgamento paterno. Ele queria gritar, espernear, mas a repreensão o silenciava, transformando o choro em soluços abafados, como se a vergonha o estivesse afogando.
Sentia-se pequeno, inadequado, como se expressar a própria dor fosse um crime passível de punição. “Por que meu pai não me entende?” Pensou Henrique, a amargura da injustiça impregnando cada fibra de seu ser. “Por que ele não pode simplesmente me abraçar?”