Aos dezessete anos, Mackenzie May não é a definição típica de boa garota. Na verdade, se ela tivesse que definir, diria que sempre foi mais para a vilã da história.
Após cincos anos de uma separação dolorosa, ela ainda continua magoada e ressentida com os pais. Principalmente com o pai, um empresário bem sucedido que havia mudado de estado para viver com a família abastada da nova esposa. Entretanto, sua mãe decide que seria melhor para a filha passar o ano letivo com ele.
Em meio as revoltas da sua vida e todas as coisas maus resolvidas com os pais, Mackenzie May, rejeita qualquer aproximação da madrasta e de seus dois filhos. Principalmente Liam. O enteado do pai, um dos garotos populares que insiste em provocar Mackenzie. Inevitavelmente ela acaba se apaixonando pelo filho da madrasta, se conectando profundamente com ele e se abrindo para uma das melhores – e mais dolorosas – experiências da sua vida.
Escuto a voz irritada da minha mãe e com ela o mesmo tom costumeiro de repreensão e raiva na qual já estava tão acostumada. Reviro os olhos, como sempre faço, quase que de maneira inconsciente, porque sei que horas de discussões estarão pela frente.
Reviso por alguns instantes minhas lembranças atrás de algo que pudesse ter feito para causar irritação na minha progenitora. Inicialmente não consigo lembrar de algo em específico. Nos últimos meses o simples ato de existir já era causa de irritá-la.
Não a culpo, honestamente. Eu também odiaria ser eternamente responsável por alguém. Principalmente se eu não amasse esse alguém. E nos últimos anos comecei a perceber que minha mãe não me amava. Ela me tolerava. Por causa da sociedade, por causa da família, por causa de todas as coisas não ditas.
Talvez até amasse. Eu não riscava essa opção. Mas certamente não era o tipo de amor das outras mães. Era algo diferente. Sempre foi. Piorou depois que ele se foi e deixou nos duas para trás.
Quando ele me deixou.
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Translated by Michael Perez
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