A fita cor-de-rosa by Dai Varela

Num tempo em que se descobriam novas terras, a gata Li Rau Mau-Mau reina na nossa ilhota deserta com apenas dois desejos: um amor para partilhar seu reino e caçar o pombo cheio de cores.

A fita cor-de-rosa

No tempo em que se descobriam novas terras, a gata Li Rau Mau-Mau reina na nossa ilhota deserta com apenas dois desejos: um amor para partilhar seu reino e caçar o pombo cheio de cores, Li-Bai, o Pombo Pomposo. Agora conseguiu realizar o segundo desejo, porém antes de o devorar, o pombo promete-lhe que se o deixar partir iria voltar com um companheiro para amar. Trato feito, o pombo tempos depois regressa - como prometido - mas no final traz-lhe algo que não esperava. 

É na ambiguidade e humor retorcido que reside a originalidade e a qualidade de “A fita cor-de-rosa”. À primeira vista, diríamos sem qualquer hesitação, que se trata de uma obra destinada
a crianças. Se folhearmos o livro, encontramos os elementos habituais na literatura infantil. Temos as ilustrações, as belíssimas ilustrações de Rogério Rocha, temos o tamanho e o tipo de letra, temos o ritmo e a musicalidade das frases que provêm da repetição de sons, da rima variada, temos o nome dos personagens, temos o imaginário, temos a ação...

 

Genre: JUVENILE FICTION / General

Secondary Genre: JUVENILE FICTION / Animals / General

Language: Portuguese

Keywords: Dai Varela, A fita cor-de-rosa, Rogério Rocha

Word Count: 700

Sales info:

O conto foi distinguido em 2013 com “Menção Honrosa” no Prémio Lusófono da Trofa (Portugal) - Conto Infantil - Prémio Matilde Rosa Araújo, entre 252 outros textos de vários países da lusofonia. O livro “A fita cor-de-rosa” já vai na sua segunda edição e encontra-se esgotado no mercado.


Sample text:

Na nossa ilhota deserta,
porque despovoada era de gente,
reinava uma gata janota
que era parda e esperta.
Chegou num barco sem remo e,
sem rumo, lançou-se de aprumo.
Num tempo em que se descobria novas terras,
sozinha, dominou a nossa ilhota sem guerras.

 

Li-Rau Mau-Mau, assim se chamava a felina.
Tinha as presas afadas, enfeitadas entre a pelugem
e olhar traiçoeiro, escondido em candura de menina.
Era malvada, hábil na camuflagem.
Mas, na nossa ilhota deserta,
desconhecia-se gente.
Apenas os animais vangloriavam a descoberta
e tudo era muito quente.

 

Li-Bai, o Pombo Pomposo,
era a caça desejada.
O senhor das penas sempre formoso,
que voava e deixava a gata amuada.
Com as suas penas cheias de cor,
era o banquete tenrinho no pensamento.
Vazio no estômago de sentir dor,
Li-Bai deixava a felina rainha, num tormento.

 

Li-Rau Mau-Mau, na nossa ilhota, reinava sozinha,
mas não perdia os ares de rainha.

 

Escondida também sabia brincar
e rodopiava num alegre rebolar.
A caçar sabia cantarolar e os pássaros enganar.
Em perigo o miado sabia amplifcar
e o inimigo amedrontar.
Mas, Li-Rau Mau-Mau também meditava!
E pensava, pensava e pensava...
“Tanto reino e nenhum companheiro...
Que angústia não poder compartilhar”.
E o mar… ah, o mar lá perto a farfalhar ,
como que a lembrar que da ilhota
não havia forma de escapar.


Book translation status:

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Dutch
Unavailable for translation.
English
Already translated. Translated by Luiza Moura
Spanish
Already translated. Translated by Vicente Ricalo
Author review:
Uma tradução de grande qualidade e a entrega com rapidez do material. Recomendo este tradutor por cumprir os prazos e conseguir dar boa resposta na tradução das ideias do autor e também por ser uma pessoa de fácil comunicação.

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