A face poética da morte by Angelo Asson

Este livro é um convite à reflexão por meio da poesia e do seu poder de traduzir em beleza até mesmo a face mais sombria da vida.

A face poética da morte

Quanto tempo passamos tentando entender a morte, e se ela é realmente o fim de tudo ou se teremos uma nova oportunidade de habitar este planeta? Pensando nisso, o autor distribuiu seus poemas como se fosse uma trilha que o leitor irá percorrer feito um peregrino em busca de respostas. O ponto de partida é uma indagação: “O que é a vida?”. A seguir, o leitor é levado a refletir sobre a nossa finitude a fim de se preparar de forma serena para o ponto final da nossa estrada. Todo esse trajeto teve como inspiração a celebração do “Día de los Muertos”, uma tradição de origem pré-hispânica, na qual existe a crença de que neste dia os mortos retornam ao mundo dos vivos para visitar suas famílias. No México, a data é comemorada com muita alegria. É costume sair pelas ruas com roupas coloridas e o rosto pintado, numa referência à figura icônica da caveira Catrina, uma gravura criada pelo litógrafo José Guadalupe Posada. A proposta deste livro é fazer com que o leitor procure valorizar cada momento de sua vida como sendo uma dádiva, um lindo poema à espera do seu ponto final.

Genre: POETRY / General

Language: Portuguese

Keywords: poema, morte, vida, poesia, tempo, finitude, dia dos mortos, dia de los muertos, finados, alma, fim

Word Count: 6.675 words / 36.940 character

Sample text:

Contando as horas

Por ser uma visita inoportuna que chega sem avisar, é bom ir preparando o espírito e estar pronto para recebê-la.

* * *

Preparando a gente

Deus vai preparando a gente
Sabiamente

Lentamente


Vai fortalecendo a gente
Pra que chegue um dia
E a mente
Tão valente
Que já não se recorda direito
Se Deus tá na gente
Ou se a gente é que é Deus
Num instante de lucidez
Se dê conta que a gente
Nem é gente

Nem é Deus
É vida!

E lentamente
Certamente
No dia da nossa vez
Será o dia perfeito!


Deus vai preparando a gente
Pra ser vida sem gente

 

* * *

Fui feliz com você

Quer parar de bater,
Que pare, não me importo
Já bateu tanto tempo em meu peito
Teu leito de morte

Tanto para fazer...
Que pare, não se importe
Já pulsou tanto tempo em meu peito
Seu leito
Que sorte!

Já amou os amores da vida
Já pulsou os temores do medo
Mais forte!
Já sentiu o amargor da bebida
Já lutou contra dores sentidas
És forte!

Mas agora, no meio da ida
Cansado de tanta ferida
Tristonho e cansado do feito
Embora sentindo a partida
E sem palavra proferida
Mas com imenso respeito
Calou-se, cansado da vida
Dormiu dentro do meu peito

Seja feliz coração
Pois fui feliz com você!


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