Coletânea de análises fenomenológicas das problemáticas de constituição imbricadas nas relações corpo-outro-mundo, levadas a cabo por especialistas de diversas nacionalidades e linhas teóricas.
Genre: PHILOSOPHY / GeneralO livro acaba de ser lançado, em dezembro de 2020, e não tenho até o momento relativo de vendas.
O corpo é, portanto, o verdadeiro centro da atividade perceptiva. A percepção se concretiza por meio de um corpo que é portador de um conhecimento latente. A subjetividade, para Husserl bem como para Merleau-Ponty, precisa de uma ancoragem no mundo que só uma realidade corpórea pode lhe dar. O corpo naturalmente não deve ser entendido como corpo objetivo contraposto a um corpo sujeito, mas corpo próprio vivo, em cujo interior não é possível distinguir um corpo físico e uma consciência no sentido tradicional. É o sujeito-corpo que, por meio da percepção, está conectado ou habita o mundo no sentido que não se limita a analisá-lo mas o vive existencialmente.
Neste sentido, a constituição do mundo não pode mais ser, como defendia Husserl, a um eu transcendental, mas é o corpo que realiza uma espécie de constituição preliminar do mundo atuada por uma intencionalidade não mais de uma consciência pura, mas do próprio corpo . Estes aspectos nos abrem uma perspectiva gnoseológica diferente, visto que o conhecimento, não sendo mais somente o resultado de uma atividade explícita do eu, assume uma dimensão latente porque está ligada a uma atividade irreflexa, passiva do corpo próprio.
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