Tendo como elemento central a análise retórica do mito edênico (Gn. 2 e 3), esta dissertação aborda a força que tal narrativa tem tido para forjar, tanto no Ocidente como no Oriente, um comportamento de submissão e passividade diante das autoridades que se colocam no poder. Vê, contudo, igualmente presente no texto, um convite à abstenção da prática de julgamentos dos comportamentos morais (desconhecer o bem e o mal), que é apresentado como sendo tarefa de Deus e não dos homens. Estes, segundo o autor, ao se arvorarem a prolatar sentenças em relação aos seus semelhantes, terminam externando preconceitos, os quais se firmam na sociedade por meio de mecanismos de violência simbólica. Finda, o autor, em face da impossibilidade prática e imediata de uma via de convivência social sem que nela esteja presente as estruturas de poder e de controle, entre as quais destaca o judiciário, convidando-nos a adotar uma postura mais humilde e fraterna quando do momento da decisão, com o fito de minorar os efeitos da brutalidade potencial e real que as sentenças tendem a realizar.
Genre: LAW / Criminal Law / GeneralLanguage | Status |
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English
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Translated by Norberta Silva
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