Para onde caminhamos quando não sabemos que caminho tomar? Porque se cruzam as dores com a pele e se abrem feridas com os próprios dedos? Que lições aprendemos e quais nos negamos a aprender? Há uma dualidade universal que nos coloca sempre opções e muitas contradições. Esta paradoxal forma de estar faz-nos seres divididos entre o ser ou não ser, o fazer ou não fazer, o aceitar ou refutar aquilo que realmente somos. Os textos que aqui vos deixo expressam alegria e tristeza, exaltação do prazer e desgosto, é tudo um paradoxo, aquele que sente vai da montanha ao fundo do oceano em oscilações de humor e decisões erradas, escolhas certas e meras quimeras que alimenta para se manter vivo. Esta montanha-russa é o que faz da vida aquilo que é, uma escolha entre o senso comum e a completa alternativa de se opor ao que está comummente convencionado, vivendo nestes paradoxos.
Genre: FICTION / GeneralÉ um livro recente já com algumas vendas.
Aqui onde a voz escuta e o vazio fala, há uma protuberância estranha que me empurra para um salto. Aqui onde nada faz sentido, mas tudo é consentido o meu corpo reclama e a minha alma clama com desespero pelo ar da superfície.
Ouve-me, nem tudo está perdido, escuta as minhas mãos e deixa que elas sejam o teu caminho. Não tenhas medo, tudo o que é para ser já tinha sido, este é apenas um novo ciclo da mesma espiral de sensações que hão-de levar-te a voar.
Fecha os olhos, os relâmpagos estão a chegar e no fundo dos glóbulos formam-se folhas pintadas à mão. Não, não são desenhos avulsos, são os teus pulsos que sobem a corda da vida, esperando chegar ao topo do poço para puderes matar a sede.
Não temas, existe salvação sempre que quiseres largar a corda.
Há inconsistências que oscilam entre o medo e a loucura. Alucinações que percorrem meandros desconhecidos da alma e da mente. Nada é tão controlável, os pensamentos e os actos muitas vezes respondem, não a raciocínios, mas a estados de espírito que se sublevam a vontades, e ganham eles vontade própria levando-nos a consequências que tentámos contornar.
Não era aquele o caminho, não tinha de ser, e por muito que insistamos, acabamos contornados pelo próprio subconsciente, pelo destino. Quando estás lúcido tudo te parece apenas um erro, uma desatenção, mas quando estás desperto, tudo isso se transforma numa condição, num carma, numa intenção do caminho que não permite certos desvios ao padrão.
Language | Status |
---|---|
English
|
Already translated.
Translated by Paula Chiarotti
|
|
Author review: Excelente trabalho, eficaz, rápida e perfeita na forma como transcreve para outro idioma o sentido do autor. Parabéns Paula, muito grato. |