Que seria da vida se o seu objectivo fosse a morte? Valeria a pena o sofrimento, e a dor? Mas a vida é mais que tudo uma caminhada, uma lição demorada que nos permite evoluir e superar, a cada oportunidade um desafio, a cada desaire uma vontade para se levantar e ser outra vez vivo.
O amor é o elo que nos liga de uma vida à outra, uma ponte que se estende para lá da neblina, e a morte é apenas a nossa capacidade de enfrentar essa cortina que separa os mundos.
Saltemos ao abismo com a certeza que do outro lado há muito mais a ser vivido.
O livro foi apresentado na FNAC e em Vila Viçosa, terra natal do autor, já está à venda na Amazon em todo o mundo.
Encontrei-te numa manhã de nevoeiro, estavas descalça na praia olhando o infinito e eu cheguei com a aurora, sentido na pele os primeiro raios de Sol. Vi-te só, parecias fora do corpo, o infinito era o teu limiar de sentidos e nem percebeste que havia chegado com o dia.
O teu cabelo esvoaçava com a brisa fria, mas seguias imóvel, indiferente ao ambiente em teu redor. Eu quieto observava-te atento, perguntando-me o que fazia ali aquela mulher sozinha, perdida nos pensamentos.
Parecias diluída na espuma das ondas que adormeciam a teus pés. Deixei que o tempo te acordasse como acorda a vida a cada manhã, que as pétalas se abrissem e os olhos vissem que estava ali, agora lado a lado, olhando para o mesmo infinito que tu.
Do nada os teus dedos tocaram os meus e no minuto seguinte estávamos de mãos dadas a contemplar o Sol, que já estava alto no azul dos céus. Estranhos, mas de mãos entrelaçadas, como se estivesses ali a vida inteira à minha espera e eu tivesse chegado exactamente no momento da tua Primavera, do teu desabrochar, do teu florescer.
O dia prolongou-se sem que tenhamos dirigido uma palavra ao outro, levaste-me pela mão na areia molhada da praia até uma falésia onde uma gruta escavada pelo mar nos abrigou do Sol quente do dia, sentámo-nos frente-a-frente, pernas cruzadas olhos nos olhos, mãos nas mãos, como se estivéssemos numa espécie de comunicação extra-sensorial. Havia silêncio e o mar a esbater-se ao longe, nós e o vento, a areia a contornar-nos e o teu olhar cheio de estrelas.
Language | Status |
---|---|
English
|
Already translated.
Translated by Elisa Rennau
|
|
Author review: Uma tradutora excelente, atenciosa e preocupada não apenas com a tradução das palavras mas com o sentido das frase. Parabéns Elisa. |
French
|
Already translated.
Translated by Maria Eneida Nogueira
|
|
Author review: Espectacular Eneida. Parabéns! |
Italian
|
Already translated.
Translated by Diana Cocola
|
|
Author review: Magnífica tradutora, interessada e cumpridora. Parabéns Diana |
Spanish
|
Already translated.
Translated by Diego Iglesias
|
|
Author review: Tradutor responsável e com muita qualidade. Parabéns Diego e obrigado pelo seu excelente trabalho. |