A fada do dente by Johann Heyss

A FADA DO DENTE conta a história de André, um tradutor carioca de trinta anos envolvido com ocultismo que começa a fazer um tratamento com Amália Maria, pitoresca dentista que acaba se revelando uma bruxa.

A fada do dente

A FADA DO DENTE conta a história de André, um tradutor carioca de trinta anos envolvido com ocultismo que começa a fazer um tratamento com Amália Maria, pitoresca dentista que acaba se revelando uma bruxa. Para azar do aspirante a mago, ela descobre que ele tem algo que ela quer — um livro herdado de Alcydes, seu mestre no ocultismo. Ao ver que André se recusa a vender o livro apesar de suas generosas ofertas, Amália se mostra disposta a fazer tudo que uma bruxa-dentista é capaz de fazer para conseguir o seu intento. Sem querer abrir mão do valioso presente e não levando a situação muito a sério, André vem a perceber que Amália é bem menos inofensiva do que parece, e quando se dá conta está enredado em uma batalha entre magos, feiticeiros e ocultistas que termina de maneira desconcertante. 

Com uma linguagem ao mesmo tempo mordaz e generosa e uma narrativa pródiga em sexo, drogas e ação, A FADA DO DENTE brinca com as superstições que as pessoas chamam de magia, e ao mesmo tempo levanta a possibilidade de a magia existir, sim — apenas não no sentido em que estamos acostumados a entendê-la. 

Este é o primeiro volume da série Histórias Mágickas, dedicada a narrativas sobre “magia com K”, ou seja, magia contemporânea, voltada para o século 21, livre de tabus. Cada volume é um mergulho no inesperado.

Genre: FICTION / Occult & Supernatural

Language: Portuguese

Keywords:

Word Count: 28.036

Sales info:

The book has just been released. It's my first fiction book, but I have translated more than 50 fiction books so far, so I am not unexperienced when it comes to writing fiction. A translator's job is to rewrite the book in their own language. Being a translator myself, I understand and support the professionals working on my original text. 


Sample text:

Enquanto André ficava de boca aberta, Amália falava. Sobre os mais variados assuntos em voga, de acordo com informações colhidas em periódicos como Veja e Caras, dos quais era ávida leitora — sua sala de espera estava de prova. Aparentemente, Amália gostava de transparecer mordacidade, mas André a considerou desqualificada para o cargo de sarcástica de plantão. Ela usava trocadilhos sem noção e tinha um humor pavê ou pacumê deveras constrangedor.

André passara quase dez anos sem pisar num consultório de dentista. Da última vez, tinha seus vinte e poucos anos e estava sofrendo uma daquelas dores lancinantes que só sabe quem já sentiu. Foi numa emergência odontológica 24 horas. Disseram que precisava obturar um dente. Nem doeu, a bem da verdade. O dentista obviamente não deixou de lhe anestesiar a boca, mas isso não bastou para André perder o trauma. Às vezes André se perguntava se na verdade não gostava do trauma, se ele não abraçava o trauma, estendendo-lhe um tapete vermelho e tudo.

O tratamento completo previa algumas visitas ao consultório, e André concluiu que prestar atenção nos comentários sensaborões da dentista seria uma boa tática para desviar o foco do tal do trauma.

De modo geral funcionou. Amália Min podia feder a cigarro e pensar com a profundidade de um pires, mas bem que estava se mostrando uma profissional competente.

Até que na terceira consulta a coisa começou a mudar de rumo.


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